terça-feira, 19 de outubro de 2010

No limite dos limites.

Após uma abertura geral marcada pela chuva e vento intenso com a esperada "grade" como único troféu do dia.
A segunda jornada com um dia muito bom para a caça, uma ou outra codorniz nos restolhos, alguns pequenos bandos de perdizes encontrados, duas belas paragens e uma perdiz juvenil abatida. O terceiro dia deu para dar uma boa dezena de tiros e quase ao fechar do pano, no limite de todos os limites um lance daqueles que apenas acontece para recompensa dos que nunca desistem, dos que insistem em subir e descer encostas levantam e tentam partir bandos de perdizes que teimam em não levantar a tiro.
Esta jornada obrigatóriamente teria de ficar registada para memória futura. A perdiz da foto representa muito mais além do abate conseguido em mais uma jornada.
Toda a mestria e bravura da genuína perdiz vermelha está reflectida neste exemplar que apenas se deixou ficar a tiro faltava pouco mais do que meia hora para o ocaso solar, o vale do amendoal que tinha servido de refúgio ao 5 levante para aquela parte do bando foi o cenário, talvez na tentativa de regressar ao local de querença para pernoitar, o bando decidiu levantar na direcção do sol contornando cão e caçador.
A imagem da peça de caça vencida a bater no chão xistoso seguido pelo cobro tendo como pano de fundo o sol já baixo e fraco, ficará como um daqueles lances de caça que jamais se conseguirá descrever por meras palavras.