segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A história de uma Galinhola

Esta história começa já perto do fim do mês de Novembro, foi por essa altura que pela primeira vez esta dama foi levantada, larga e daquela vez apenas ouvida.
Mais tarde falhada por um colega nosso. Errada novamente por nós em meados de Dezembro com um tiro certeiro num carvalho que naquele momento subtilmente a encobriu.
Por felicidade cruzamo-nos novamente com ela há dois fins de semanas atrás, parámo-la por breves longos instantes, mas, apenas nos permitiu atirar às sombras com o primeiro tiro agoiradamente a acertar no tronco de um salgueiro.
Ontem, na recta final de mais uma jornada de caça à Galinhola um misto de alegria e tristeza invadiu os nosso corações, parada e levantada pelos dois cães que nos acompanhavam foi errada com três tiros mal chegamos ao "sitio" dela.
Sem largar a protecção do bosque e sem sequer subir à copa dos carvalhos, deixou-nos assistir ao seu majestoso vôo.
Desaparecida no horizonte, fomos procurá-la...Pouco tempo depois foi novamente parada, naquele pequeno vale apenas lhe restava um caminho... saiu á clareira, foi atirada e cobrada apenas com um tiro certeiro pelo becadero Ricardo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Atascanços, falhanços e a boa acção do dia.

Mais uma jornada de caça, histórias para contar e muita adrenalina à mistura. O dia começa com um atascanço na lama, a chuva e geadas dos últimos tempos deixaram os estradões de terra completamente intransitáveis, mas quando se leva um atrelado só há um caminho a fazer... landmaniaco em frente... e foi assim que teve de ser.
Chegados ao local pensado para a caçada fomos directos a um ponto querençudo que aparentemente estava desabitado. Continuamos pelos giestais, e fomos ao "bosque do becadero", uma preciosa obra da natureza e do homem, que infelizmente este ano tem dado poucas galinholas.
Os sinais de nevão que ao longe se viam chegavam até nós, devido ao forte vento e ao frio insuportável dirigimo-nos ao jipe para mudar de zona e bater um bosque mais abrigado com menor altitude, foi já nesta deslocação que as doidas das galinholas depois de um bom trabalho dos cães num imenso giestal velho nos sobrevoaram por duas vezes a grande velocidade. O refúgio acabou por ser para as duas o mesmo, um pequeno eucaliptal na encosta contrária à que batiamos.
Sem perder tempo fomos ao local e... dois belos falhanços mesmo ao gosto da dama dos bosques. Que lindas que elas são quando se escapam nos bosques cerrados não são?!
Sorrisos, alegria, tristeza, sentimentos mutuamente dados entre camarada e vamos descer pró "bosque do laço" que está frio amigo, estas ficam para uma próxima oportunidade!
O tempo escasseava e se quisemos seguir caminho a boa acção do dia tinha primeiro de ser feita, desatascar familias curiosas presas na neve, assim foi, e lá continuamos, contudo o andar do relógio tinha aproximado o meio dia e decidimos não caçar mais, era altura de rumar a casa antes que as condições meteorológicas piorassem.
Estava concluida uma invulgar jornada de caça com setters, neve, galinholas e a companhia de um bom amigo.